Carnaval 2025 se aproxima e as comemorações já tiveram início
Carnaval 2025 se aproxima e as comemorações já tiveram início
O evento terá um investimento de 27,8 milhões e ocorrerá entre os dias 1 e 5 de março
Em 2025, o Carnaval, feriado tradicional esperado pela população brasileira, ocorrerá oficialmente do dia 1 a 5 de março, com o ápice das comemorações na terça-feira, dia 4 de março.
As celebrações carnavalescas oficiais, ou seja, os desfiles das escolas de samba, em São Paulo, estão programados para as noites de sexta-feira, 28 de fevereiro, e sábado, 1 de março. Já as do Rio de Janeiro serão redistribuídas entre três noites: domingo, 2 de março; segunda-feira, 3 de março; e terça-feira, 4 de março. Essa acomodação no calendário pretende tornar a experiência mais dinâmica e acessível ao público.
Enquanto os desfiles oficiais não começam, o Carnaval já teve seu início com os blocos de rua na capital paulista, que tradicionalmente começa suas atividades em janeiro, estendendo-se até o final de fevereiro. E, segundo a Prefeitura de São Paulo, o Carnaval terá seu número recorde de blocos desde o período pré-pandêmico, em 2020, quando 644 blocos desfilaram pelas ruas da cidade, número superado após 767 cortejos terem se inscrito para participar da festa de 2025, além de cerca de 860 desfiles entre os dias 22 e 23 de fevereiro, no período pré-Carnaval.
A festa também contará com o patrocínio da Ambev, com quem a prefeitura fechou um contrato de R$27,8 milhões, um valor R$1,2 milhão maior do que no ano passado.
Além do investimento privado, a cidade também contará com um esquema especial de segurança e mobilidade urbana para garantir a segurança dos foliões. A Prefeitura de São Paulo anunciou um reforço no efetivo da Guarda Civil Metropolitana e no policiamento, além
da ampliação das linhas de transporte público nos dias de maior movimentação.
Celulares proibidos nas salas de aula: Legislação que impede uso nas escolas é aprovada
Medida foi adotada após um aumento no uso de celulares durante as aulas, o que afetava o desempenho dos estudantes e a dinâmica do ensino.
O governo sancionou no dia 13 de janeiro a lei que proíbe estudantes de instituições públicas e privadas de utilizarem celulares e outros dispositivos eletrônicos portáteis. A legislação válida também durante os períodos de recreio e intervalo entre as aulas, abrangendo a educação infantil, as séries fundamentais e o ensino médio.
O projeto foi discutido e aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados por 45 votos favoráveis e 14 contrários. A Lei foi para votação no Senado e, ao final, recebeu a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O propósito dessa nova legislação é regular a utilização de dispositivos eletrônicos nas instituições de ensino, visando um ambiente escolar mais dedicado e menos repleto de distrações.
Educadores e administradores escolares esperam que a lei ajude a promover uma maior atenção nas aulas, reduzindo o uso excessivo de celulares para atividades que não são educativas, como acesso às redes sociais, jogos ou uso para gravar vídeos. Esse tipo de distração pode comprometer o aprendizado e ter um impacto negativo no desempenho escolar. Além disso, o uso excessivo de celulares é apontado como um entrave para as interações sociais entre os estudantes, uma vez que o contato pessoal e as relações interpessoais são muitas vezes trocadas pela comunicação virtual.
Especialistas nas áreas de psicologia e educação afirmam que a proibição do celular em sala de aula pode ter um efeito favorável na convivência escolar, tornando mais fácil o desenvolvimento de competências sociais fundamentais para o crescimento e formação abrangente dos estudantes, como empatia, trabalho em equipe e resolução de conflitos.
A nova regulamentação não proíbe o uso de celulares em situações emergenciais ou quando permitido pelos educadores ou pela administração da escola.
Equilíbrio psicológico
A nova regulamentação estabelece ainda que as instituições de ensino devem criar planos para abordar a saúde mental dos alunos da educação básica, fornecendo informações sobre riscos, sintomas e formas de prevenir o sofrimento psicológico, incluindo a utilização excessiva dos celulares.
As escolas também precisarão oferecer espaços de escuta para apoiar e identificar alunos e funcionários que se encontram em sofrimento psicológico, especialmente o derivado do uso excessivo de dispositivos e telas.
A restrição do uso de celulares nas instituições de ensino foi bem recebida por pedagogos e psicólogos, mas alguns educadores acreditam que os celulares podem ser instrumentos educacionais, auxiliando em pesquisas, estudos e na aquisição de habilidades digitais. Algumas autoridades educacionais sustentam que a proibição não aborda as questões fundamentais da educação, como a dificuldade de concentração ou bullying, que podem ser problemas mais amplos que vão além do uso de dispositivos.
Cessar-fogo em Gaza põe trégua a 15 meses de conflito
Avanço nas negociações envolvem libertações de detidos e ajuda humanitária a Gaza
Entrou em vigor, no dia 19 de janeiro de 2025, um acordo de cessar-fogo, firmado no dia 15 de janeiro, no Qatar, entre Israel e o Hamas. 15 meses de conflito desde o ataque-surpresa do Hamas em Israel, em 7 de outubro de 2023, quando 1,2 mil pessoas foram mortas e 251 foram tomadas como reféns. Segundo um serviço de verificação da BBC, dentre estas, 96 ainda estariam em Gaza, das quais 34 estariam mortas. As demais restante já foram resgatadas por outras operações de negociação ou de forças militares israelenses, recuperando inclusive restos mortais. Do lado palestino, de acordo com o Ministério da Saúde do território controlado pelo
Hamas, mais de 46 mil pessoas foram mortas em Gaza desde o ataque em outubro de 2023.
A primeira fase do cessar-fogo durará seis semanas. Com isso, estão previstas a cessação das hostilidades e a troca de reféns detidos em Gaza pela libertação dose prisioneiros palestinos detidos em Israel. Para cada refém libertado, Israel libertará dezenas de palestinos. Em uma fase posterior do acordo, está previsto que mais reféns sejam libertados, principalmente homens em idade militar, os quais não farão parte da primeira fase de libertação. Israel afirmou que só retirará totalmente suas tropas de Gaza quando todos os reféns forem libertados. Em troca, Israel libertaria mais prisioneiros, inclusive aqueles condenados a longas penas por ataques mortais.
O acordo prevê ainda o envio de assistência humanitária aos civis palestinos, incluindo cerca de 600 caminhões por dia com suprimentos médicos e tendas. Também serão enviados 50 caminhões de combustível para operar hospitais, consertar estações de energia e reparar sistemas de esgoto e água.
Com a retirada dos militares israelenses de das áreas densamente povoadas de Gaza para uma zona de segurança ao leste, as pessoas que haviam se deslocado durante o conflito poderão retornar a suas casas e vilas no território palestino. Quase a totalidade dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza tiveram que abandonar suas casas.
O primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, foi o responsável pelas negociações entre o Hamas e os israelenses, envolvendo também negociadores do Egito e dos Estados Unidos. Uma equipe formada tanto por representantes de Trump, como por representantes de Biden, se juntou para uma negociação com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, e ambos os
presidentes terminaram por assumir todo o crédito pelo êxito final das negociações.
Logo após a notícia de cessar-fogo, moradores de Israel e de Gaza foram para as ruas celebrá-lo. Apesar da euforia, dúvidas e ceticismos quanto à sua eficácia pairam no ar, principalmente pelo histórico de negociações de paz fracassadas na região. O negociador, chefe do Hamas, Khalil al-Hayya, disse que não esqueceria e não perdoaria Israel pelo sofrimento causado durante a guerra. Por outro lado, membros da direita do parlamento israelense se opõem severamente ao pacto, o que pode dificultar um processo de instauração da paz. Para Netanyahu, qualquer acordo deve remover Hamas do poder em Gaza, colocando uma nova administração no lugar.
Governo recua após onda de desinformação sobre tributação do Pix
Medida que previa ampliar controle sobre novas instituições financeiras gerou medo de que governo fosse taxar operações de valores pequenos
Após a disseminação de uma onda de desinformação em todo o território nacional, o governo federal revogou, no dia 15 de janeiro, a norma da Receita Federal que exigia que as instituições financeiras reportassem transações acima de R$ 5 mil no sistema Pix. Essa mudança ocorre após uma campanha contrária à política, cujo ápice foi alcançado por um vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) no dia 14 de janeiro.
A medida provisória foi publicada pelo governo federal em 18 de setembro de 2024, e passou a vigorar em 1o de janeiro de 2025. A norma ampliava a exigência de reportar transações à Receita Federal para novas entidades financeiras, como fintechs e carteiras digitais, para monitorar eventuais operações de lavagem de dinheiro.
O vídeo de Nikolas sugeria que o governo federal tinha a intenção de cobrar impostos sobre as transações realizadas através do Pix, embora o deputado admitisse que a medida não trazia essa determinação. Mas ele insinuava que o governo poderia fazê-lo a partir de agora. A publicação rapidamente se espalhou, alcançando quase 300 milhões de visualizações em dois dias, o que criou um clima de alarmismo entre os brasileiros, especialmente os micro e pequenos empresários que são os maiores adeptos do PIX como meio de pagamento. O vídeo do deputado fortaleceu a onda de fake news que vinha sendo espalhada desde a publicação da medida provisória com as mudanças em setembro do ano passado.
O governo, então, viu-se forçado a recuar diante da pressão popular, revogando a norma em 15 de janeiro. O presidente Lula admitiu que a proposta foi mal comunicada pelo governo que subestimou o impacto que ela teria, o que provocou uma onda de desinformação. Especialistas e autoridades destacaram que a deficiência na comunicação do governo e a falta de controle sobre a disseminação de fake news contribuíram para a crise de imagem do presidente, que registrou queda na popularidade após a medida.
Alterações nas regras de monitoramento e efeitos para o usuário
A Medida Provisória não modificava a maneira como os usuários faziam uso do Pix. O objetivo da norma era apenas aumentar a supervisão sobre transações de grande montante, requerendo que movimentações acima de R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas fossem comunicadas à Receita Federal. Essa alteração não tinha impacto sobre os pequenos usuários, que continuariam a utilizar o sistema de pagamentos sem custos extras ou requisitos de dados pessoais.
O combate à desinformação e a importância da comunicação clara
A crise aberta com as normas sobre o PIX ressaltou a necessidade de uma comunicação articulada e eficiente em políticas públicas delicadas, especialmente em tempos em que informações falsas podem se propagar de maneira veloz.
Apesar do recuo do governo, a proposta inicial representava um esforço de modernização e regulamentação do sistema financeiro digital, que demanda mais segurança e transparência nas transações.
Volta de Trump à presidência dos Estados Unidos repercute pelo mundo
Posse é marcada por tom de euforia nacionalista e saída de órgãos internacionais
O republicano Donald Trump tomou posse da presidência dos Estados Unidos no dia 20 de janeiro de 2025, em Washington, D.C., discursando pela primeira vez como o 47° chefe do Executivo estadunidense. Nos dois primeiros dias do mandato, o presidente executou uma série de medidas listadas entre as promessas de sua campanha.
Durante o seu discurso, Trump repetiu várias declarações enganosas que havia feito durante a campanha eleitoral, usando da palavra para enaltecer o retorno à presidência e criticar o governo anterior. Alegando que o governo enfrenta “uma crise de confiança”, defendeu uma “restauração completa da América e a revolução do bom senso”. Agradeceu os votos de hispânicos e negros e manifestou-se de maneira nacionalista a favor dos americanos, prometendo-lhes o início de uma “era de ouro” para o país.
Entre falas controversas, ameaçou tomar controle do Canal do Panamá, anunciou a mudança do nome do Golfo do México para “Golfo da América” e disse que “será a política oficial do governo dos Estados Unidos que existam apenas dois gêneros, masculino e feminino”. Prometeu também que acabará com políticas de gênero e raça e que assinará uma ordem executiva para a fim de “parar imediatamente toda a censura governamental e trazer de volta a liberdade de expressão” para os EUA.
O presidente americano, logo no primeiro dia encarregado, repetiu ações do mandato anterior, retirando o país da Organização Mundial da Saúde (OMS) Acordo de Paris. O Acordo de Paris, assinado em 2015, durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP21). Quase 200 países se comprometeram a manter o aquecimento global abaixo dos 2ºC. Especialistas temem que isso gere um efeito em cadeia pelo mundo em descompromisso às pautas climáticas, devido à importância do país no combate ao aquecimento global. A respeito da OMS, o presidente havia criticado sua gestão durante a pandemia da Covid-19, por questões de uma “influência política inapropriada dos estados-membros da OMS”.
No mesmo dia 20 de janeiro, Trump também assinou uma lista de ações de repressão à imigração o que incluiu a declaração de emergência nacional na fronteira sul com o México e o envio de tropas para apoio. Em meio a tantas ameaças, a presidente do México, Claudia Sheinbaum afirmou, no dia 22 de janeiro, que iria conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos próximos dias, alegando: “Há unidade na América Latina, isso é importante”.
No dia 22 de janeiro, Trump ameaçou impor altos níveis de impostos, tarifas e sanções a produtos da Rússia se não fizessem um acordo para que a guerra na Ucrânia seja encerrada. O presidente americano também nomeou vários críticos da China para cargos importantes em seu governo. Convidado para a cerimônia de posse do estadunidense, o presidente chinês Xi Jinping optou por não comparecer. O presidente russo Vladimir Putin e o líder chinês conversaram por videoconferência no mesmo dia 22 ocasião em que Xi prometeu elevar as relações da China com a Rússia a um novo patamar.
‘Totalmente premiada’: Globo de Ouro de Fernanda Torres com "Ainda estou Aqui" faz Brasil sonhar com Oscar
Em êxtase com a vitória de Fernanda Torres, os brasileiros entrarem em campanha com o Oscar 2025.
A noite do Globo de Ouro 2025, do dia 5 de janeiro, foi de celebração no Brasil. Fernanda Torres conquistou o prêmio de Melhor Atriz por sua atuação em "Ainda Estou Aqui". A atriz disputou o prêmio com Pamela Anderson, Angelina Jolie, Nicole Kidman, Tilda Swinton e Kate Winslet. A crítica internacional reconheceu o talento da atriz com a sua emocionante performance no longa.
O longa Ainda estou Aqui apresenta a vida da família Paiva – a mãe, Eunice, e os cinco filhos – e a luta de Eunice Paiva após o desaparecimento do marido, o deputado Rubens Paiva, que foi preso, torturado e morto pela ditadura militar.
O prêmio levou o Brasil ao êxtase, e a ideia de um Oscar começou a ganhar força. Pois a empolgação só fez subir quando Fernanda Torres e o filme foram indicados no dia 23 de janeiro a três categorias no Oscar 2025: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz. A premiação, considerada a mais importante da indústria cinematográfica no mundo, está programada para ocorrer em 2 de março.
Na categoria de Melhor Filme, Ainda Estou Aqui concorre ao lado de “A Substância”, que foi premiado com o Globo de Ouro de Melhor Comédia ou Musical, “Anora”, “O Brutalista”, “Um Completo Desconhecido”, “Conclave”, “Duna: Parte 2”, “Emilia Perez”, vencedor do Globo de Ouro como Melhor Filme Estrangeiro, “Nickel Boys” e “Wicked”.
Fernanda Torres também conquistou o troféu de Melhor Atriz em Filme de Drama no Satellite Awards, premiação similar ao Globo de Ouro cuja cerimônia de entrega dos prêmios aconteceu no domingo (26)..
No Globo de Ouro, Ainda Estou Aqui também recebeu indicação na categoria de melhor filme internacional, mas o filme que levou o prêmio foi Emília Perez de Jacques Audiard.
Em seu discurso, Fernanda Torres dedicou o prêmio à mãe, Fernanda Montenegro, que foi indicada ao mesmo prêmio há 25 anos por sua atuação em "Central do Brasil", obra também dirigida por Walter Salles.
O Globo de Ouro é uma das premiações mais prestigiadas do cinema norte-americano e também é reconhecida por todo o globo. Desde 1944, jornalistas estrangeiros e críticos avaliam e premiam as principais produções nos Estados Unidos.
O primeiro Globo conquistado pelo cinema brasileiro até então tinha sido por Central do Brasil, que ganhou na categoria de melhor filme em língua estrangeira em 1999, dirigido por Walter Salles, e protagonizado por Fernanda Montenegro.
A vitória da atriz com o Globo de Ouro movimentou o Brasil, e a indicação ao Oscar só fez crescer a onda Fernanda Torres nas redes sociais. Os internautas disseram que a satisfação ao ver uma atriz representando o Brasil e o sentimento de comemorar a vitória de Fernanda Torres se assemelha à sensação de conquista da Copa do Mundo. Apesar do Brasil já ter sido indicado a prêmios do Oscar em 13 cerimônias, considerando filmes nacionais e coproduções com outros países, o cinema nacional nunca ganhou uma estatueta.