Assassinato de executivo de seguros norte-americano repercute nas redes sociais
Assassinato de executivo de seguros norte-americano repercute nas redes sociais
Descontentamento contra empresas de planos de saúde motivou o crime
Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, multinacional norte-americana de saúde e bem-estar, foi assassinado a tiros em frente a um hotel de luxo, em Manhattan, Nova Iorque, no dia 4 de dezembro. O suspeito, Luigi Mangione, 26 anos, foi detido cinco dias depois, na Pensilvânia, em uma unidade do McDonald's.
Mangione, de origem familiar rica, é egresso da Penn State, uma prestigiada faculdade particular norte-americana, onde estudou ciência da computação, com foco em inteligência artificial. Descrito como “amigável” por amigos e familiares, a notícia do crime foi recebida com choque por todos e atraiu muito interesse da população, gerando enorme repercussão principalmente nas redes sociais.
Segundo a polícia, Mangione foi preso portando identidade falsa, a mesma utilizada para fazer check-in em um hostel de Nova Iorque antes de Brian ser assassinado. O suspeito também possuía uma pistola, aparentemente produzida por impressora 3D, semelhante à utilizada para o crime. Além disso, carregava consigo um manifesto de três páginas, no qual expressava sua raiva por empresas de seguro de saúde. Segundo a Associated Press, ele definiu essas organizações como "parasitárias".
Mangione foi formalmente acusado de homicídio doloso em 17 de dezembro. Além deste, ele é alvo de acusações de crimes federais (em nível nacional) de perseguição interestadual, assassinato e uso de arma de fogo para cometer homicídio, caracterizando, ao todo, 11 acusações estaduais. O acúmulo de acusações nos crimes federais pode levá-lo ao corredor da morte, enquanto os estaduais ao cárcere perpétuo, sem condicional.
Algemado e escoltado por policiais para um tribunal de Manhattan, Mangione se declarou inocente ao juiz. A defesa afirma estar preocupada com o direito do acusado de ter um julgamento justo. Por enquanto, ele está sob custódia no Centro de Detenção Metropolitano do Brooklyn, e sua próxima audiência está marcada para o dia 21 de fevereiro.
Alta do dólar registra recorde no país
Crescimento foi reação ao novo corte de gastos para equilibrar a economia anunciado pelo Governo
No fim do mês de novembro, a população foi surpreendida com a subida da cotação do dólar para seis reais, valor nunca alcançado antes pelo Brasil. O cenário, influenciado pela aprovação e desidratação de um novo pacote de gastos planejado pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tornou-se rapidamente alvo de críticas, atingido pela inquietação de seus investidores.
Em meio a uma onda de inflação, o aumento do valor se deu após o anúncio de um novo projeto de contenção de gastos pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O pacote prevê a economia de R$70 bilhões na receita nacional até 2026 e era esperado com ansiedade pelo país. O ajuste do aumento do salário mínimo, a revisão dos tetos salariais e benefícios de servidores públicos, além das aposentadorias dos militares estavam entre as principais modificações impostas pela nova medida de corte de gastos.
Entretanto, o mercado não aceitou bem o novo pacote, principalmente a isenção do pagamento do Imposto de Renda aos contribuintes que ganham até R$ 5 mil, o que intensificou a desconfiança do setor econômico frente às reformas econômicas, ocasionando a alta no dólar.
O aumento do valor pode gerar repercussões definitivas na economia do país, como a inflação dos produtos importados e o endividamento de empresas. Em resposta, o governo federal afirmou estar monitorando a situação e anunciou medidas emergenciais para conter a volatilidade cambial.
As vítimas da ditadura: CNJ aprova reconhecimento de causa da morte, os cartórios devem emitir novas certidões de óbito
O Conselho Nacional de Justiça aprovou na terça-feira (10) uma resolução que obriga os cartórios a reconhecer as mortes ocorridas durante a ditadura militar
No dia em que se comemoram os 76 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou, por unanimidade, a regulamentação do dever de reconhecer todas as vítimas da ditadura militar desaparecidas e mortas e a obrigação de retificar o assento de óbito pela Comissão Nacional da Verdade (CNV).
A documentação deve reconhecer as mortes ocorridas durante a ditadura militar e retificar as certidões para constar a causa real delas – que não foi natural, mas, sim, causada pelo Estado brasileiro. Para tanto, a informação de falecimento das vítimas deve ser registrada da seguinte forma: “morte não natural, violenta, causada pelo Estado a desaparecido no contexto da perseguição sistemática à população identificada como dissidente política no regime ditatorial instaurado em 1964.”
A decisão do CNJ considerou uma proposta do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Segundo o presidente do conselho, ministro Luís Roberto Barroso, a medida é como um acerto de contas legítimo com o passado e traz uma resposta para as famílias que sofreram com as perdas e com a perseguição política que aconteceu após o golpe.
Na documentação de assento de óbito não havia informações que apresentassem a data e a causa da morte, somente a observação sobre a Lei n. 9.140/1995, que reconhece como mortas as pessoas desaparecidas por conta de participação ou acusadas de participação em atividades políticas no período de 2 de setembro de 1961 a 5 de outubro de 1988.
O assento é firmado pelo oficial do registro civil após a declaração do óbito, para comprovar o falecimento de uma pessoa. A resolução aprovada garante que as lavraturas e retificações dos assentos de óbitos durante a ditadura serão baseadas nas informações constantes do relatório final da CNV. As informações da CNV estão sistematizadas na declaração da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP).
Tentativa de golpe e prisão de Braga Netto
No fim de 2022, Bolsonaro e apoiadores do seu governo orquestraram uma tentativa de golpe para impedir a posse do presidente Lula.
A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira (26) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas – entre elas militares, ex-ministros e aliados pela tentativa de golpe para manter o ex-presidente no poder, invalidando o resultado da eleição democrática realizada em 2022.
De acordo com a PF, entre os indiciados estão militares que fizeram parte dos ministérios no governo do ex-presidente:
Augusto Heleno: general ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
Walter Braga Netto: general ex-ministro da Defesa, vice na chapa de Bolsonaro durante a campanha à reeleição em 2022 e apontado como peça-chave na suposta tentativa de golpe de Estado;
Paulo Sérgio Nogueira: general também ex-ministro da Defesa;
Garnier Santos: almirante ex-comandante da Marinha.
Além dos nomes citados, também apoiaram a tentativa de golpe a o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).
O ex-ministro Braga Netto foi preso pela PF sob acusação de participar do plano de golpe em 2022. Na eleição de 2022, Braga Netto teria tentado obter dados de sigilo público. O ex-ministro atentou diretamente à democracia ao articular para impedir a posse do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Mercosul e União Europeia firmam acordo de livre comércio após 25 anos de negociações
Consenso foi anunciado durante a Cúpula do Mercosul, mas ainda depende da revisão jurídica de cada país e da superação de resistências de alguns países europeus
Após 25 anos de negociações, com direito a encontros e desencontros de propostas, os países do Mercosul e da União Europeia fecharam, finalmente, o acordo de livre comércio entre os dois blocos. Mesmo com a resistência de alguns países europeus, a presidente da União Europeia, Ursula von der Leyen, esteve em Montevidéu, no Uruguai no dia 6 de dezembro de 2024, onde ocorria a 65° Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, para anunciar oficialmente a conclusão do acordo de livre comércio, que une mais de 700 milhões de consumidores num mercado comum.
Quando entrar em vigor, tarifas de importação e exportação dos dois blocos serão reduzidas ou zeradas, a depender dos produtos, o que pode representar uma oportunidade de crescimento de negócios para os 4 países fundadores do Mercosul, e para as 27 nações europeias.
No caso do Brasil, um estudo publicado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) projeta que, até 2040, um impacto no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro que pode chegar a 0,46%, assim como um aumento de 1,49% nos investimentos para o país. Por isso, o acordo é visto como essencial para a economia brasileira, abrindo novas oportunidades de comércio com um dos blocos mais importantes do mundo.
O anúncio de que as negociações encontram-se concluídas expôs uma pacificação sobre os entendimentos do texto principal do acordo. Contudo, há uma série de etapas a serem seguidas até a sua assinatura final e entrada em vigor, processo que ainda possui entraves para ser efetivado.
Os próximos passos incluem a redação final do texto, com revisão jurídica e tradução para os idiomas oficiais dos países. Após esse processo, o acordo será submetido aos procedimentos internos de cada parte para aprovação. Só então o tratado será assinado, formalizando o compromisso das partes.
Resistências
No dia 26 de novembro, a Assembleia Nacional da França levantou dúvidas a respeito da rastreabilidade, da qualidade e dos padrões sanitários da carne brasileira, em expressa rejeição à celebração do acordo.
Poucos dias antes, em 20 de novembro, o CEO do Carrefour na França, Alexandre Bompard, havia anunciado que a rede iria deixar de comercializar carnes produzidas no Mercosul, o que gerou uma reação fortemente negativa por parte do governo e do agronegócio brasileiros. Sendo um país com forte presença da agricultura, a França enfrenta pressões internas de seus produtores contra o acordo, preocupados que os produtos do Mercosul lhes tomem mercados, sendo nisto apoiados pelo presidente francês Emmanuel Macron.
Apesar de outros países, como Itália, Polônia e Irlanda, também se declararem contra o acordo, Von der Leyen comentou por ocasião da coletiva de imprensa em Montevidéu: “Este acordo inclui salvaguardas robustas para protegê-los”, referindo-se aos agricultores europeus.
O acordo precisa ainda ser submetido ao Conselho Europeu para entrar em vigor. Se pelo menos quatro integrantes da União Europeia, representantes de mais de 35% da população do bloco, o rejeitarem, sua votação será bloqueada. As populações da França, da Itália e da Polônia somam cerca de 36,5% da população do bloco, o que demandaria apenas a adesão de mais um país, como a Irlanda, para este bloqueio. Isto tem levado alguns especialistas a verem com ceticismo a chance de o acordo entrar em vigência em curto prazo.
Por outro lado, esta negociação também é vista como importante por parte dos países europeus, em resposta ao fechamento do mercado russo e ao desconforto com a dependência em relação à China. Procura-se, assim, ampliar os seus parceiros comerciais ao criar outras frentes de aliança de comércio pelo mundo. Afirmou Ursula: “Num mundo cada vez mais conflituoso, demonstramos que as democracias podem apoiar-se umas às outras. Este acordo não é apenas uma oportunidade econômica, é uma necessidade política. Somos parceiros com mentalidades comuns, que têm raízes comuns”.
Já para o setor agropecuário brasileiro, o mercado asiático assume maior importância em volume quando se compara com o europeu. Na pauta exportadora brasileira de 2023, por exemplo, 86,5% das compras de soja — carro-chefe das vendas do país — foram chinesas, tendo a Europa uma fatia de 15% das vendas agrícolas. Sendo assim, o que mais interessa ao agronegócio brasileiro em relação à Europa é, entre outros fatores, ter boa qualificação de seus produtos de acordo com as exigências de mercado, maior integração das cadeias de suprimento e de valor, e aprendizados com relação a produtos de valor adicionado.
Minissérie "Senna" estreia na Netflix com legado de ícone da Fórmula 1
Produção estreia em 29 de novembro, relembrando a trajetória do piloto brasileiro que
marcou a história do esporte
No dia 29 de novembro de 2024, a Netflix estreou a tão aguardada minissérie Senna, que
conta a história de um dos maiores ícones do automobilismo mundial, Ayrton Senna da
Silva, ou simplesmente, Ayrton Senna “do Brasil”, como era reconhecido. A série de seis
episódios leva os espectadores a uma emocionante viagem pela trajetória vitoriosa do piloto
brasileiro. A história começa com o início da carreira automobilística do tricampeão de
Fórmula 1, desde suas primeiras vitórias no kart até o trágico acidente no Grande Prêmio de
San Marino, em 1994.
Uma Homenagem ao legado de Senna
A minissérie é um tributo ao piloto, nascido em março de 1960 em São Paulo, que conquistou o coração de milhões de pessoas com sua habilidade, coragem e dedicação ao esporte.
Senna é considerado uma referência não só pelos fãs da Fórmula 1, mas também por brasileiros que nem acompanhava o esporte, mas reconheciam em Senna um símbolo de perseverança e paixão. A produção resgatou a memória afetiva do país mantendo vivo seu legado, e inspirando milhões de fãs ao redor do mundo.
A série já vem gerando grande repercussão, com comentários positivos sobre a forma como retrata sua vida, abrangendo seus momentos brilhantes, bem como os desafios pessoais e profissionais que enfrentou. Este sucesso reflete a sólida base de fãs que Senna ainda possui, mesmo após três décadas de sua trágica morte em 1994. A minissérie não apenas atrai fãs antigos, mas também apresenta o piloto para uma nova audiência, ampliando ainda mais sua relevância cultural.
Além de estrear na Netflix, “Senna” também está disponível em diversas plataformas de streaming, incluindo Amazon Prime Video, Claro Video, Apple TV e Amazon Video, trazendo mais atenção para esta homenagem ao ícone do esporte.
A minissérie promete marcar um momento importante na história do entretenimento esportivo, homenageando um herói nacional e global que continua a inspirar as pessoas até hoje.